O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, disse hoje que o banco central japonês está preparado para “ajustar a política monetária sem hesitação”, assim que observar qualquer mudança nas tendências dos preços.
Embora tenha repetido que a economia japonesa se mantém num ciclo positivo e que as expectativas de preço provavelmente subirão de modo geral, Kuroda não descartou por completo a possibilidade de o BoJ adotar medidas de relaxamento adicionais.
Kuroda também admitiu que, diante da queda recente nas cotações do petróleo, o BoJ poderá atingir sua meta de inflação de 2% somente depois do primeiro semestre do ano fiscal que termina em março de 2017.
Após reunião de dois dias, o BoJ decidiu hoje manter sua política monetária inalterada, mas ofereceu uma visão menos otimista da economia, ao avaliar que as exportações e produção industrial do Japão foram afetadas pela desaceleração das economias emergentes.
Apesar disso, Kuroda disse que o BoJ não mudou sua expectativa de que a “economia (japonesa) vai continuar dr recuperando moderadamente”.
Kuroda previu que as economias emergentes deverão superar o momento atual, sustentadas pelo crescimento dos países avançados, como os EUA.
Sobre a política monetária norte-americana, Kuroda disse que um eventual aumento de juros nos EUA significaria que o Federal Reserve, como é conhecido o banco central local, está otimista em relação à economia do país. Segundo Kuroda, uma elevação de juros sustentada por uma visão econômica positiva seria benéfica para a economia global. O Fed decide sobre os juros dos EUA em reunião que começa amanhã e será concluída na quinta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.