O governo vai priorizar o financiamento das concessões por meio de debêntures, mas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) pode entrar com recursos, disse nesta terça-feira, 13, a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques. Ela informou que os projetos, para acessar financiamentos a TJLP, precisarão ter pelo menos 20% de equity. “Estamos falando de uma alavancagem de até 80%”, disse.

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No caso das rodovias do primeiro ciclo, disse ela, a participação máxima da TJLP será de no máximo 50%. No segundo ciclo e no caso dos aeroportos, a participação será no máximo de 40%. Os bancos oficiais entrarão também na parcela a ser financiada com debêntures. O que ficar faltando, entre equity e TJLP, será coberto com esses papéis. Nesse caso, a aquisição pela Caixa e pelo BNDES poderá ser de até 50%.

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Maria Silvia disse que, com o fim do chamado “empréstimo ponte”, o banco de fomento e as demais instituições bancárias que concederão financiamentos para PPI terão que ser mais ágeis.

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“Estamos dando mais segurança para projetos para que eles saiam com financiamento de longo prazo. Tivemos uma série de projetos com problemas de modelagem e falta de realismo. Houve ágios exagerados, leilões que não funcionaram”, completou.

Saneamento

Maria Silvia afirmou ainda que o governo e o banco de fomento vão se reunir com mais Estados para oferecer apoio na privatização de companhias de saneamento. No anúncio de hoje do PPI, já está prevista a concessão da Cedae (RJ), Caerd (RO) e Cosanpa (PA).

“Já temos reuniões marcadas com outros Estados que não estão nesse primeiro anúncio. Vamos apresentar o apoio que podemos dar desde a contratação de estudos e na modelagem do edital até a assinatura dos contratos”, afirmou.

De acordo com Maria Silvia, o País está longe de atingir a universalização dos serviços de saneamento, estamos atrás de países da África, do Oriente Médio e da América do Sul. Ela afirmou ainda que o setor foi escolhido por ter impacto positivo em diversas áreas da economia. “Mais de 100 milhões de habitantes não têm acesso ao tratamento de esgoto e 35 milhões não têm acesso à água tratada”, completou.