Rio (AE) – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera este ano viabilizar 16 projetos de usinas hidrelétricas, com investimento total de R$ 20,571 bilhões, e que vão gerar 7.215 megawatts (MW). Todos eles fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Plano Decenal de Energia.
Os projetos, que estão tramitando no banco em diferentes fases mas não ainda aprovados, incluem um do Rio Madeira, para duas hidrelétricas, Jirau e Santo Antônio, que ainda não têm licença ambiental para serem construídas. O prazo que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tinha dado para liberar o relatório de impacto ambiental venceu ontem (15) e o Ibama pediu mais tempo para isso. Só esse projeto do Madeira é de R$ 8,5 bi, com capacidade de 3.300MW.
De acordo com o diretor do BNDES, Wagner Bittencourt de Oliveira, com os 16 projetos, incluindo o do Rio Madeira, vai se alcançar 40% da previsão de geração do Plano Decenal. Sem o Madeira, esse porcentual será mais baixo. Até o ano passado, 20% da geração prevista no Plano Decenal já foi garantida.
Depois do Madeira, o maior projeto é o de Estreito, que tem investimento previsto em R$ 3,037 bi, e potência de 1.087 MW Outro projeto grande é o de Foz do Chapecó, cujo investimento total é estimado em R$ 2,360 bi e a potência em 855MW.
Também estão na lista as usinas de Mauá (382,2MW) e Simplício (323,7MW), que tem investimento previsto respectivamente, de R$ 950 milhões e R$ 1,209 bi, assim como São Salvador (241MW e investimento de R$ 773 mi), Serra do Falcão (213MW e R$ 788 mi), Salto Pilão (182MW e R$ 526 mi) e Baguari I (140MW e R$ 510 mi).
Os demais projetos de hidrelétricas são de geração de menos de 100MW e são referentes às usinas de Corumbá III, Foz do Rio Claro, São José, Retiro Baixo, Passo São João, Monjolinho e Batalha.
A perspectiva do BNDES para este ano é examinar 63 projetos no setor com investimento total previsto em cerca de R$ 30,8 bilhões. Os projetos de hidrelétricas respondem por cerca de dois terços desses investimentos.
Na parte de geração, além dos projetos de hidrelétricas há um projeto de termelétrica, dois de biomassa e um de energia eólica, com investimentos previstos em R$ 500 mi. Mais 29 projetos de pequenas centrais hidrelétricas exigiriam investimentos de cerca de R$ 2,5 bi.
Há oito projetos de linhas de transmissão, com extensão de 3.291 quilômetros e investimento total de R$ 4,7 bi. No caso da distribuição, são sete projetos com investimentos de R$ 2,8 bi previstos.