O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já trabalha na preparação de um empréstimo-ponte para a construção da usina de Belo Monte. O dinheiro será liberado um mês depois da formalização da SPE pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Fontes do banco estimam que o financiamento pode ser liberado até novembro. A participação direta do banco no financiamento será limitada a R$ 13,5 bilhões, ou 25% de seu patrimônio de referência que em fevereiro estava em R$ 54 bilhões. O BNDES também vai liberar empréstimo indireto, com intermediação de outros agentes financeiros, de modo que a participação do banco possa alcançar até 80% do investimento total. O capital próprio dos acionistas será de no mínimo 20%, excluindo-se eventuais participações societárias da BNDESPar, empresa de participações do banco.

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Os três principais fundos de pensão de estatais, Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa Econômica Federal) participarão do investimento. A Previ terá 10%, por meio de uma empresa controlada, a Neoenergia, holding que controla as distribuidoras de energia da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte. No leilão, a Neoenergia integrou, ao lado da Vale, também controlada da Previ, o consórcio perdedor. A Petros, segundo maior fundo de pensão do País, está autorizada a investir US$ 650 milhões em Belo Monte.

A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, aprovou uma participação direta de R$ 163 milhões no consórcio. A cifra equivale a 2,5% do capital da Sociedade de Propósito Específico responsável por construir e operar a usina. Além disso, a fundação terá indiretamente o correspondente a 1,25% da SPE, referente à sua fatia de 25% como cotista do fundo Fip Cevix, que terá 5% do capital da empresa.

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