Rio – Os recursos que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) capta no exterior, entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões ao ano, serão aplicados prioritariamente em projetos de infra-estrutura e comércio exterior com parceiros da América do Sul. Além de garantir, com isso, o financiamento à nova estratégia de atuação continental, a direção do banco acredita que terá uma proteção maior para os empréstimos em moeda estrangeira. “Captando no exterior e aplicando aqui corremos o risco cambial. Já operações para outros países têm de ser pagas em dólar, o que elimina o risco”, diz Darc Costa, vice-presidente do banco. Além das captações, o BNDES pretende injetar nestes projetos parte dos recursos próprios que obtém com o retorno do capital investido. Segundo Costa, não há possibilidade de utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT): “O FAT é para criar emprego no Brasil”. Ele informou que está sendo fechado um “acordo guarda-chuva” com a Venezuela, que regerá todas as negociações comerciais. Em julho, as linhas do acordo estarão definidas. Com a Argentina, além do financiamento de obras de infra-estrutura e das operações de comércio bilateral já anunciadas, o banco também apoiará exportação para terceiros países, dentro de alguns preceitos básicos que estão sendo definidos. As operações deverão envolver um volume de US$ 1 bilhão para Brasil e Argentina. “Há coisas que se produz na Argentina muito mais barato. Por exemplo, tecidos de lã. Podemos financiar empresas argentinas, desde que não seja com recursos do FAT. Também podem ser feitos projetos conjuntos de exportação ou arranjos produtivos comuns”, afirma Costa.
BNDES vai aplicar US$ 3 bilhões em projetos na América do Sul
2 minutos de leitura
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna