O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta quarta-feira, 20, que já tem 20 equipamentos de energia solar credenciados na linha Finame, produzidos por 17 fabricantes. Esse é o início da introdução da fonte solar como matriz energética no Brasil.
Do total de fabricantes, cinco são indústrias nacionais que produzem localmente painéis fotovoltaicos para geração solar. Sete dedicam-se à fabricação de inversores. Duas estão voltadas à fabricação de “trackers” (equipamentos que permitem direcionar o painel fotovoltaico de forma a acompanhar o movimento do sol e melhor aproveitar a irradiação solar). Cinco são fornecedores de sistemas fotovoltaicos e um produz a chamada stringbox (caixa de conexão central).
No processo de credenciamento, o banco de fomento informa que verifica se o fabricante cumpre as exigências de conteúdo nacional mínimo, pré-condição para que os equipamentos possam receber financiamento.
Dos cinco fabricantes de painéis solares já credenciados, um tem capacidade para fornecer sistemas de grande porte, voltados para atender à demanda dos leilões e de geração distribuída. Os outros quatro estão dedicados a sistemas de pequeno porte, como placas solares para instalação em residências ou em estabelecimentos comerciais.
O BNDES revela ainda que está em processo de credenciamento de mais quatro fabricantes de painéis fotovoltaicos, sendo três empresas de origem estrangeira e uma brasileira. Uma vez instaladas suas unidades de produção, terão capacidade de produção de 1 gigawatt por ano, que é aproximadamente o que foi contratado em cada um dos leilões de energia solar já ocorridos no Brasil.
Há ainda fornecedores credenciados no Cartão BNDES, tanto de módulos fotovoltaicos quanto de outros componentes, como estruturas fixas de sustentação e inversores.
O Governo Federal já realizou três leilões para comprar energia solar: um em 2014 e dois em 2015. Outros dois leilões deverão ocorrer este ano. No BNDES, existem projetos em fase de consulta e enquadramento, e a estimativa é de que esse fluxo aumente ao longo de 2016.
A expectativa do BNDES é que a energia solar siga a mesma trajetória da eólica, que tem participação de 6% na matriz elétrica brasileira. Os desembolsos do Banco para o setor eólico deverão atingir este ano cerca de R$ 8 bilhões, com aumento de 15% na comparação com os R$ 6 bilhões de 2015.