O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, defendeu hoje que os Estados criem com o governo federal um programa de desenvolvimento de agências de fomento. Ele lembrou que vários bancos estaduais foram fechados ou privatizados nos anos 90. Segundo Coutinho, a falta de capilaridade do BNDES, com sede no Rio de Janeiro, cria a necessidade de o banco trabalhar em parceria com instituições financeiras públicas e privadas e também com agências de fomento. “Estamos abertos a que o BNDES possa participar do capital de agências (de fomento) até para governança e gestão”, afirmou.
As parcerias com bancos regionais e agências de fomento podem permitir o repasse dos recursos do BNDES para arranjos produtivos locais, microempresas em regiões afastadas dos grandes centros urbanos, acredita. Coutinho também disse que o banco tem intenção de apoiar projetos de planejamento dos Estados, buscando integração com os grandes projetos regionais ou nacionais.
Falando sobre a crise econômica global atual, Coutinho disse que o atual cenário só é comparável à grande depressão dos anos 1930. “Apesar disso, pela primeira vez a economia brasileira mostra capacidade de passar pela crise e superá-la”, afirmou. “Agora é possível olhar o futuro e enxergar uma perspectiva de futuro.” Nesse contexto de superação da crise, o Brasil deve passar a “pensar no longo prazo”; de acordo com ele, e o planejamento é “imperioso.”