Em sua nova política operacional o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer também uma linha direta (sem intermediação de agentes financeiros) para capital de giro, em um momento de escassez desse tipo de crédito no sistema bancário.
A linha de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren) terá orçamento de R$ 5 bilhões e vigência até o final de 2017. O valor mínimo de financiamento é de R$ 10 milhões por operação.
“Neste momento, a grande ênfase no capital de giro é para preservar a atividade econômica e a geração de empregos”, disse Maria Silvia Bastos Marques, presidente do banco de fomento. A linha poderá ser acessada também por empresas consideradas âncoras para financiar o desenvolvimento de cadeias de fornecedores e franqueados.
O diretor de Operações Indiretas do banco, Ricardo Ramos, disse que além dos R$ 5 bilhões para operações diretas haverá outros R$ 8 bilhões do orçamento do banco para as operações indiretas.
Ampliação de canais
Ao anunciar sua nova política operacional nesta quinta-feira, o BNDES reforçou que está em busca de ampliar seus canais de distribuição, principalmente para médias, pequenas e microempresas.
“Estamos buscando novos canais de distribuição, além da rede bancária”, disse a presidente do banco de fomento. O objetivo é dar grande capilaridade às linhas Finame, para máquinas e equipamentos, e Cartão BNDES.
A executiva citou a criação de plataformas digitais, por exemplo, para o Cartão BNDES, e parcerias com “fintechs”, como são conhecidas as start-ups de serviços financeiros. Segundo Maria Silvia, sua gestão à frente da Icatu Seguros investiu em estratégia semelhante.