Após não ter alcançado seu objetivo de reduzir empréstimos em 2013, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está focado em reduzir essas operações este ano para abrir mais espaço ao capital do setor privado, por sentir que seus limites foram ultrapassados.

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“Está claro para nós que precisamos de mais players oferecendo financiamento de longo prazo”, disse João Carlos Ferraz, vice-presidente do BNDES, em entrevista à Dow Jones Newswires.

O banco vem prometendo reduzir empréstimos nos últimos anos, mas não conseguiu tirar o pé do acelerador devido ao fraco crescimento econômico. Os empréstimos saltaram mais de 20%, para cerca de R$ 190 bilhões, bem acima da meta declarada do governo brasileiro de mantê-los próximos de R$ 156 bilhões – nível de 2012. A quantia emprestada pelo BNDES em 2013 é mais que o dobro do crédito fornecido pelo Banco Mundial a cada ano. Mas Ferraz afirmou que 2013 foi uma exceção.

Segundo ele, o governo quis que os bancos estatais emprestassem mais para compensar os fracos empréstimos do setor privado, que enfrentou níveis crescentes de inadimplência. Ferraz afirmou ainda que o BNDES precisa agir sempre que os níveis de investimento caírem e tentar combater o crescimento econômico mais fraco.

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“Não estamos abrindo espaço para o setor privado porque somos bonzinhos”, afirmou. “O BNDES não será capaz de oferecer o mesmo apoio de quando o Brasil estava iniciando uma trajetória de crescimento nos investimentos.” Fonte: Dow Jones Newswires.