O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) flexibilizou a exigência de garantias para empréstimos para empresas de menor porte, principalmente nas operações indiretas. Uma das mudanças é que recebíveis, inclusive os lastreados em cartão de crédito, poderão ser dados como garantia, informou a presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, o que beneficia, sobretudo, empresas pequenas do comércio.

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O diretor de Planejamento do banco, Vinicius Carrasco, ressaltou que a flexibilização de garantias é fundamental para ampliar o acesso ao crédito.

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Além do uso de recebíveis, o BNDES ampliou o uso do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI). Agora, segundo o diretor de Operações Indiretas, Ricardo Ramos, as empresas que recorrem ao BNDES FGI só precisarão oferecer garantias reais em operações acima de R$ 3 milhões. Atualmente, esse limite é de R$ 1 milhão.

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“Isso é uma facilidade para o agente financeiro, no intuito de tornar o apetite ao risco maior”, afirmou Ramos, referindo-se aos bancos que repassam empréstimos do BNDES.

Para os grandes projetos de infraestrutura, porém, nada muda por enquanto. Segundo a diretora da área, Marilene Ramos, “não fizemos ainda nenhuma mudança substancial” nas garantias exigidas nas condições financeiras para as concessões de infraestrutura.

A executiva informou que há uma discussão sobre isso, envolvendo o Banco Mundial e a equipe do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). Marilene reconheceu que o mercado demanda por mais opções de garantias nesses projetos.

“Isso está sendo discutido, mas não fizemos ainda nenhuma mudança substancial na fase de pré-completion”, disse Marilene, referindo-se a como o mercado chama o período de obras dos projetos.