Com menos de três meses de vigência, e com apenas um empréstimo aprovado desde o lançamento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) melhorou as condições da linha BNDES Crédito Caminhoneiro, voltada para financiar custos de manutenção, que foi anunciada em abril como parte do conjunto de medidas do governo para evitar paralisações semelhantes às ocorridas em maio de 2018. O limite do valor do crédito subiu de R$ 30 mil para R$ 100 mil e o prazo dos empréstimos foi ampliado de dois anos e meio para cinco anos, com até 12 meses de carência.

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A melhoria das condições inclui também a possibilidade de custear investimentos prévios. Isso porque poderão ser aceitos, para comprovar a aplicação dos recursos, documentos fiscais emitidos até 180 dias antes da data de pedido do empréstimo ao BNDES.

As alterações nas condições do BNDES Crédito Caminhoneiro passaram a valer na última terça-feira, 13. As operações são indiretas, ou seja, repassadas por bancos comerciais que operem com o BNDES – esses bancos ficam responsáveis pela aprovação do financiamento e pela exigência de garantias.

Segundo a assessoria de imprensa do BNDES, a única operação contratada na linha, no valor de R$ 20 mil, foi feita no Paraná, como já havia noticiado a agência Reuters em julho. “O banco vinha recebendo informações dos clientes sobre dificuldade de acesso ao programa e, por essa razão, a nova gestão do BNDES implementou as alterações, a fim de tornar o programa mais atrativo”, diz nota enviada ao Estado.

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Linha

O programa é voltado para caminhoneiros autônomos e cooperativas de transporte. A linha de crédito foi anunciada em abril e vigora desde 27 de maio. Os empréstimos podem ser pedidos até 26 de maio de 2020. O BNDES informou que destinaria R$ 500 milhões para a linha de crédito.

Quando as condições de financiamento foram conhecidas, no fim de maio, representantes de associações de caminhoneiros e empresas do ramo de manutenção avaliaram, em entrevistas ao Estado, que o crédito do BNDES poderia dar um alívio, mas não resolveria a crise do setor. À época, o assessor de planejamento e desenvolvimento da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Marlon Maues, disse que o limite inicial de R$ 30 mil por cliente era baixo, pois o gasto com manutenção de um caminhão usado (mais de cinco anos, veículo tipicamente dirigido pelos autônomos) pode chegar a R$ 50 mil ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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