O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira, 29, no evento sobre energia eólica, Brazil Windpower, que o banco estuda securitizar projetos de baixo risco, uma vez que já estejam já estruturados. “Depois que projeto está andando e já estabeleceu padrão de vendas e demandas fica mais fácil trazer o projeto para o mercado securitizar”, comentou.
Levy afirmou que o banco quer tratar esse setor com um “olhar mais comercial”, fora do setor regulado. Isso porque, hoje, parte da energia gerada pelo setor é negociada no mercado livre.
“A gente entende que no mercado de eólica nem tudo (da energia gerada) será contratado nem tudo será contratado no setor regulado. A gente tem procurado encontrar mecanismos que ajudem a dar um olhar mais comercial e menos de setor regulado para o financiamento do setor eólico. É muito importante e dá vitalidade para o mercado como um todo”, comentou o presidente do BNDES.
Ele defendeu que o banco passe a migrar do financiamento puramente corporativo, que atende hoje apenas a grandes empresas, para o chamado “Project Finance”, quando o cálculo da taxa de juros é feito ainda na fase de projeto. Segundo ele, essa já é uma realidade no setor eólico e de energia como um todo.
Levy disse ainda defender que, para que médias empresas tenham acesso ao investimento em infraestrutura, é importante criar um “ecossistema de garantias, inclusive com seguro de construção”. “Quando você tem mais players é muito mais fácil empresas de médio porte entrarem. Estamos apostando cada vez mais nesse modelo dividido”, comentou, completando. “Há quantidade importante de risco os quais, se a gente consegue compor diferentes combinações de instrumentos para lidar com esse risco, você consegue projetos mais eficientes.”