O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que comunicou nesta quarta-feira, 12, ao mercado, por meio sua empresa de participações, a BNDESPar, a preparação de uma emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures no dia 1º de julho, preparava também uma captação externa para o mês que vem, entre US$ 2 bilhões e US$ 2,5 bilhões, segundo fonte ouvida pela Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

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A turbulência que devastou nos últimos dias o mercado financeiro internacional – e que puxou a Bovespa ontem para o menor patamar de negociações desde agosto de 2011, abaixo dos 50 mil pontos – deve engavetar a operação no exterior. A decisão ainda não foi tomada oficialmente pela direção do banco, mas já é tido como provável o adiamento para o último quadrimestre do ano.

Na semana passada, haviam sido iniciadas reuniões do BNDES em Londres, Nova York, Boston e Los Angeles, coordenadas pelo Deutsche Bank, Itaú BBA e JPMorgan. Os encontros com investidores de renda fixa, como noticiou o Broadcast, tinha em pauta a atualização sobre os resultados e os negócios do banco. Mas, o roadshow serviria também como preparação para a operação internacional.

A volatilidade do mercado, no entanto, deve frustrar uma decisão que havia sido tomada pelo banco há algumas semanas, num cenário muito mais favorável. “O momento agora está muito ruim”, comentou a fonte.

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Mesmo o lançamento das debêntures, com características semelhantes aos papéis do Tesouro e rentabilidade levemente maior, ainda dependerá do comportamento interno. A percepção no BNDES, disse a fonte, é que a situação no Brasil se acalme antes da verificada no cenário internacional. Se isto coincidir com o período da precificação da oferta, no início de julho, a operação será mantida.

Caso contrário, se perdurar o clima de pânico no mercado, com debandada de investidores, o banco não captará nem mesmo no mercado interno. Hoje, a Bovespa começa a dar sinais de recuperação suave. Chegou a retomar o patamar acima dos 50 mil pontos, mas ainda sem grande consistência. O banco continuará monitorando o mercado. “Não há motivo para entrar em pânico. Se (a situação) acalmar, fazemos operação”, diz a fonte.

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