O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, rechaçou a hipótese de que o Tesouro Nacional pode ser acionado para o financiamento das empresas do setor elétrico. Questionado sobre essa hipótese, Coutinho disse peremptoriamente que “não”.
Após participar de evento sobre o financiamento à inovação na capital britânica, o presidente do BNDES falou rapidamente com a imprensa e negou que o Tesouro poderá ser acionado no crédito às distribuidoras ou que a operação poderá ter juros usados em operações para investimento, como os referenciados na TJLP.
Coutinho, porém, não negou que o BNDES fará parte da operação em conjunto com bancos privados. Com isso, abre-se a perspectiva de que a participação da casa na operação tende a ser com recursos captados no mercado e com juros praticados no mercado. Ou seja, a entrada do banco não representaria condições diferenciadas.
Fonte da equipe econômica que acompanha o tema explicou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que bancos privados estão interessados no crédito de R$ 6,5 bilhões, mas muitas instituições têm limitações em relação ao total que pode ser emprestado. Isso acontece especialmente com as instituições que já participaram da primeira fase do crédito às elétricas. Com essa segunda tranche, algumas dessas casas poderiam atingir o limite de exposição de crédito a um único setor. Por isso, está sendo negociada a entrada do BNDES na operação.