BNDES confirma apoio para elevar produção de álcool

O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa, garantiu financiamento de R$ 1,3 bilhão para ampliar a produção e a comercialização de álcool do Paraná. A informação foi dada ao governador Roberto Requião, ontem, em encontro realizado na sede do banco no Rio de Janeiro, e que serviu também para apresentar em detalhes o “Programa de Expansão do Setor Sucroalcooleiro do Paraná”, lançado pelo governador na segunda-feira.

Acompanhado dos dirigentes da Associação dos Produtores de Álcool e Açúcar do Paraná (Alcopar), o governador informou a Lessa que o Estado é o segundo maior produtor nacional de álcool e açúcar, com 18 usinas, e que o governo estadual e os empresários do setor pretendem investir no programa pelo menos R$ 1,8 bilhão, dos quais R$ 500 milhões dos próprios empresários.

“Com os recursos, vamos construir no Porto de Paranaguá um terminal específico para exportação do combustível”, explicou Requião. O governador acrescentou que o objetivo é fazer com que a maior parte da produção seja destinada ao mercado externo. “Um dos mercados potenciais é o Japão, que também começa a utilizar álcool na mistura com a gasolina, para reduzir o crescente problema da poluição em suas áreas urbanas”.

Requião disse também que o estímulo ao setor vai aumentar em 150 mil hectares a área plantada com cana no Paraná. Revelou ainda que o programa vai gerar cerca de 16 mil empregos diretos e que a construção de um terminal especializado em álcool no Porto de Paranaguá vai garantir a qualidade do que for exportado. “Não se trata de subsídios, mas apenas do reconhecimento à condição estratégica que o setor produtivo da cana-de-açúcar tem no Paraná”, afirmou o governador.

Biodiesel

Na reunião, Lessa não somente garantiu apoio integral ao programa do governo estadual, como sugeriu que o Paraná direcione investimentos também na implantação de um grande projeto de desenvolvimento de biodiesel, seja oriundo de soja, mamona, colza ou girassol. A proposta foi recebida com entusiasmo, porque já existem iniciativas em andamento com esse objetivo no Estado.

O presidente do BNDES disse que a elevação brasileira na produção de biodiesel eliminaria a atual necessidade de importação de diesel e daria um aproveitamento mais nobre a uma expressiva parcela da soja produzida no Estado.

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