O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concluiu a captação de US$ 2,5 bilhões em bônus no mercado internacional, iniciada semana passada. A emissão foi em duas séries, com juros pagos ao investidor de 3,375% ao ano para o vencimento em 2016 e de 5,75% ao ano para o vencimento em 2023. A taxa representa prêmios de 275 e 300 pontos-base, respectivamente, sobre os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, informou a instituição em comunicado nesta quinta-feira, 26.

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Segundo o BNDES, o custo médio da operação, de 4,56%, foi o menor já pago pelo banco em uma emissão em dólares, com demanda muito superior ao valor oferecido ao mercado. Cerca de 400 investidores participaram do processo de formação de preço dos títulos (bookbuilding), ultrapassando US$ 11,5 bilhões de ordens. Foi a maior demanda de todas as operações de captações internacionais do banco e, de acordo com o BNDES, uma dos maiores dos emissores brasileiros.

A operação foi coordenada pelos bancos Deutsche Bank, Itaú BBA e JP Morgan. Em junho, o BNDES havia feito reuniões com investidores sobre a operação, mas, em seguida, os mercados entraram em turbulência, após a sinalização de redução nos estímulos monetários por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), no fim de maio.

Conforme a nota do BNDES, a estratégia de manter reuniões em Nova York, Boston, Los Angeles e Londres possibilitou que a operação fosse anunciada e precificada em um único dia.

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A captação marcou o retorno do banco de fomento ao mercado norte-americano, após uma ausência de mais de três anos. Desde 2008, o BNDES fez três captações em dólar, no valor de US$ 1 bilhão cada, uma no mercado europeu no valor de 750 milhões de euros e outra no valor de 200 milhões de francos suíços.