A BM&FBovespa relançou hoje a Bolsa de Valores Socioambientais (BVSA) que vai servir de ponte para investidores interessados em financiar projetos sociais. Todos podem contribuir, sejam pessoas jurídicas ou físicas residentes no Brasil ou no exterior. As contribuições, de no mínimo R$ 20,00, podem ser feitas no novo site da BVSA (http://www.bvsa.org.br/). Desde 2003, ano em que foi lançado o projeto, a bolsa socioambiental já captou mais de R$ 12 milhões que foram investidos em mais de 100 projetos.
“Esse projeto é o menino dos olhos da BM&FBovespa. A BVSA tem um formato semelhante ao de uma bolsa de valores. Queremos listar o maior número de projetos possível de organizações não governamentais, entidades filantrópicas, escolas municipais, etc”, disse Edemir Pinto, diretor presidente da BM&FBovespa.
Atualmente, há 16 projetos listados na BVSA a espera de investimentos. Cada um pode receber, no máximo, R$ 100 mil. Um dos benefícios da bolsa socioambiental, segundo Edemir, é a garantia de que 100% dos recursos captados são destinados aos programas sociais. “Não há nenhuma taxa. Todo o dinheiro arrecadado é repassado aos projetos”, confirmou.
A BM&FBovespa também fará o acompanhamento dos projetos sociais e divulgará relatórios diários para informar os investidores que apoiam a BVSA sobre o andamento das ações. As inscrições para investir na bolsa socioambiental foram abertas nesta quarta-feira com projetos voltados para os oito objetivos do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). São eles: erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade do gênero e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.
A BVSA conta com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e das corretoras associadas à BM&FBovespa. Além disso, o projeto foi reconhecido como estudo de caso pela ONU e inspirou outras bolsas como a de Johanesburgo (África do Sul) e Lisboa (Portugal), que apoiaram estruturas similares.
No evento de lançamento da bolsa socioambiental, realizado nesta manhã no espaço BM&FBovespa, a cantora Daniela Mercury foi nomeada madrinha da iniciativa.