Rio – O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a prorrogação, até o julgamento do caso, do bloqueio de cerca de R$ 6 milhões de quatro investidores suspeitos de uso de informação privilegiada na véspera do anúncio da compra da Ipiranga pelo consórcio formado por Petrobras, Braskem e Ultra. A ação, ajuizada na quinta-feira, pede ainda indenização aos investidores que perderam dinheiro com suas aplicações no período.
Segundo o procurador responsável pelo caso, Sady D?Assumpção Torres Filho, o MPF e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já recolheram provas suficientes para atestar o uso de informação privilegiada. ?Já temos provas, a nosso ver, suficientes. Mas novas informações serão recolhidas durante o processo?, afirmou o procurador. Ele não descarta o envolvimento de outros investidores em operações com informação privilegiada. ?As investigações não foram encerradas.?
Os nomes dos investidores não foram divulgados, sob a alegação de segredo de Justiça. Sabe-se, porém, que um deles ocupava um cargo de gerente na Petrobras Distribuidora, que vai assumir os postos da Ipiranga nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
