economia

Black Friday deve faturar mais de R$ 2 bi

A Black Friday deste ano, que oficialmente começa nesta sexta-feira, 24, apesar de muitos varejistas terem antecipado a liquidação, deve movimentar mais de R$ 2 bilhões no comércio eletrônico e crescer na faixa de dois dígitos, enquanto para o varejo físico a estimativa é mais modesta.

Nas contas da Ebit, consultoria especializada em comércio eletrônico, as lojas virtuais devem faturar R$ 2,190 bilhões, com alta 15% em relação à cifra atingida no evento de 2016. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico estima que a data movimente R$ 2,5 bilhões, um aumento de 18% ante 2016.

Mesmo com a crescente adesão de lojas físicas ao evento que começou no varejo online, as projeções de aumento de vendas no varejo tradicional são menores. Tanto é que a Associação Comercial de São Paulo espera um avanço entre 3% e 5% de crescimento de vendas da data do comércio como um todo em comparação com a Black Friday de 2016. O comércio eletrônico representa pouco da receita total do varejo, cerca de 3%.

Pedro Guasti, presidente da Ebit, observa que neste ano tanto os sites de comparação de preço quanto os órgãos de defesa do consumidor estão atentos, monitorando os preços no período que antecede o evento. Com isso, o risco de maquiar descontos, isto é, subir os preços para depois cortá-los, é menor.

Levantamento. Para avaliar como andam as cotações de 20 categorias mais acessadas, o Zoom, site e app comparador de preços de produtos no comércio online, fez um levantamento entre os dias 8 e 21 de novembro. De 11.437 produtos monitorados, que inclui de geladeira a um par de tênis, mais da metade(51%) dos produtos ficaram com preços estáveis no período, 27,5% tiveram reduções e 21,5% sofreram aumento de preço.

Para Thiago Flores, diretor executivo do Zoom, o fato de a maioria dos produtos ter ficado com preços estáveis no período que antecede a Black Friday indica que o varejo se prepara para ofertas mais agressivas na data. Quanto à parcela que reduziu preços, o executivo acredita que o movimento se deve à antecipação da Black Friday. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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