Bird vai ampliar investimentos no Brasil

O Bird (Banco Mundial) vai ampliar os investimentos no Brasil, segundo informou ontem o vice-presidente do banco para América Latina e Caribe, David de Ferranti, após reunião com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Ele explicou que o Bird tem disponíveis US$ 2 bilhões para investir no país este ano e quer agilizar o desembolso desses recursos. No ano passado, os investimentos do banco no Brasil ficaram em US$ 1,25 bilhão.

O Bird discute com o governo os detalhes dos projetos a serem financiados, que terão como foco o crescimento e competitividade, a área social e a sustentabilidade, o que inclui o meio ambiente.

Os desembolsos seguirão uma combinação de “programas de ajuste e de investimentos nos níveis federal, estadual e municipal”, segundo informou o representante do banco no Brasil, Vinold Thomas.

O financiamento de projetos de infra-estrutura deverão basear os desembolsos do banco quando o foco for o crescimento e a competitividade.

Ele afirmou que o Bird confia no manejo do governo com relação ao superávit primário e na manutenção da estabilidade. Mas apesar de considerar importante a discussão sobre os investimentos em infra-estrutura, como aspectos positivos para o crescimento e passíveis de uma interpretação mais flexível para a busca da estabilidade macroeconômica, ele destacou que o assunto não foi tratado na reunião com Palocci.

O governo quer deixar de contabilizar investimentos em infra-estrutura como despesas, para que eles não tenham impacto negativo na busca das metas de superávit primário acertadas com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Contrapartidas

A necessidade de investimentos do governo brasileiro como contrapartidas para a liberação dos recursos do Banco Mundial não serão um “constrangimento grave este ano”, segundo Thomas.

Ele explicou que os investimentos já realizados pelo governo brasileiro na área social, de infra-estrutura e meio ambiente, serão contabilizados como contrapartidas para os desembolsos do banco.

Assim, recursos aplicados no pagamento do Bolsa Família, por exemplo, serão considerados como a parcela do Brasil para receber os investimentos do Bird, sem a necessidade de uma contrapartida adicional do governo.

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