O chefe de operações do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Jorge Luis Lestani, reconheceu hoje que a crise financeira internacional poderá aumentar o custo dos empréstimos feitos pela instituição. Nesta quarta-feira (1º), o BID cobra taxas de aproximadamente 4% a 4,5% ao ano.

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No entanto, ele não fez projeções sobre os parâmetros das novas taxas, mas afirmou que o “efeito seria marginal”. “Como o BID se financia no mercado, à medida que os custos do crédito aumentam, o banco pagará um pouco mais pelos bônus que coloca e isso pode, eventualmente, elevar os custos dos empréstimos que faz.”

Ele ressaltou, contudo, que o BID costuma captar pelos spreads mínimos, uma vez que sua avaliação de risco de crédito é triplo A – o nível mais alto na escala de classificação das agências de avaliação de risco.

Atualmente, somente no Brasil, a carteira em execução do BID é de US$ 8 bilhões. Lestani, que participou há pouco da apresentação de um estudo sobre logística na Confederação Nacional da Indústria (CNI), disse que como todo mundo, vai torcer hoje para que o Senado americano aprove hoje a nova versão de socorro financeiro. “Isso traria um pouco de calma para os mercados em geral”, disse.

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O Senado dos EUA pretende apreciar hoje, após o pôr-do-sol, quando terminam as cerimônias em comemoração ao ano-novo judaico a versão modificada do pacote de resgate do sistema financeiro proposto pelo governo George W. Bush.