Os preços livres e o grupo serviços aceleraram no âmbito do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre agosto e setembro, como mostram cálculos do Besi Brasil. O IPCA, por sua vez, foi de +0,57%, depois de +0,25% no oitavo mês deste ano. Quanto aos preços livres, a alta foi expressiva, com a taxa saindo de 0,17% no oitavo mês do ano para 0,62% em setembro. O resultado reflete o avanço nos preços dos alimentos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo Alimentação abandonou a deflação de 0,15% para inflação de 0,78% no nono mês de 2014. A alta apurada nos preços livres veio maior que a taxa máxima da pesquisa do AE Projeções, de 0,55%.

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Em relação ao grupo Serviços, o Besi Brasil informou alta de 0,77% ante 0,59% em agosto. Um dos destaques de pressão do grupo foram as passagens aéreas, que subiram 17,85%, segundo o IBGE. A taxa de 0,77% de Serviços superou o teto das expectativas, de 0,76%, e que tinha piso de 0,63% e mediana de 0,71%. Já os preços administrados desaceleraram para 0,40%, ficando dentro do intervalo das expectativas, que era de 0,29% a 0,57% (mediana de 0,42%). Em agosto, a variação foi de 0,51%, conforme o Besi.

Núcleos

A média dos núcleos do IPCA de setembro acelerou, em linha com o resultado do indicador cheio, que passou de 0,25% para 0,57% no nono mês deste ano, como divulgou o IBGE. Cálculos do Besi Brasil mostram que a média dos núcleos atingiu 0,56% no mês passado, depois de 0,42% em agosto. O resultado ficou acima do teto das expectativas do AE Projeções, de 0,53%.

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Todas as medidas de núcleos também intensificaram o ritmo de alta na passagem de um mês para o outro. Segundo o Besi, o IPCA-EX subiu 0,55%, após 0,41%. A elevação deste núcleo, que exclui do cálculo geral os preços de alimentos com comportamentos mais voláteis e combustíveis, também veio superior à taxa máxima da pesquisa, que era de 0,52%.

O IPCA-DP, abreviação de Índice de Preços ao Consumidor Amplo – Dupla Ponderação, avançou para 0,57% em setembro (de 0,44%), ficando também maior que a projeção mais elevada do levantamento (0,53%), e que tinha com piso 0,46% e mediana de 0,50%. O IPCA-DP repondera os pesos de alguns itens, dando menor peso aos que apresentaram maior volatilidade em um período de 48 meses passados.

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O IPCA-MS, que é o tradicional núcleo de médias aparadas com suavização, ficou em 0,54% no nono mês do ano, depois de registrar 0,40%. O dado veio dentro do intervalo das previsões (de 0,41% a 0,68%), mas inferior à mediana de 0,44%.

As medidas de núcleos do IPCA são tradicionalmente calculadas pelas instituições do mercado financeiro logo que o IBGE divulga o indicador, uma vez que são acompanhadas de perto pelo Banco Central, que tem como um dos seus principais objetivos o cumprimento das metas de inflação. Os resultados encontrados podem variar ligeiramente de instituição para instituição, mas sempre indicam o caminho que os núcleos estão tomando, auxiliando o mercado e o próprio BC no monitoramento da inflação.