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Brasília – Em reunião com líderes sindicais, ontem, o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, defendeu um reajuste do salário mínimo para R$ 300 a partir de maio. Berzoini disse que há tempo para o governo baixar uma medida provisória ainda este ano fixando o novo valor e criando um programa de recuperação do salário-mínimo. Segundo ele, nessa proposta seria criado um conselho tripartite, envolvendo trabalhadores, patrões e governo, para discutir uma forma de recompor o valor de compra do mínimo.

O ministro se comprometeu a levar a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima segunda-feira. Segundo Berzoini, para reajustar o mínimo para R$ 300 a partir de maio o governo terá um custo extra de R$ 2,5 bilhões. Se o reajuste ocorrer em janeiro, seriam necessários R$ 3,5 bilhões. O ministro disse que os trabalhadores teriam um ganho real de 8% se o salário subir para R$ 300. Segundo Berzoini, tecnicamente, é possível antecipar o reajuste para janeiro, porém depende de espaço no orçamento.

"A posição do Ministério do Trabalho é um reajuste do salário mínimo para 300 a partir de maio de 2005. É possível baixar uma MP ainda este ano não apenas fixando o novo valor do mínimo, mas também criando um mecanismo de recuperação", afirmou Berzoini, acrescentando que é possível conceder o aumento por causa do crescimento da economia e da arrecadação da Previdência Social.

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Seis centrais sindicais participaram da reunião e defenderam um reajuste para R$ 320. Após o encontro, no entanto, o presidente da CUT, Luiz Marinho, disse que, se o reajuste for dado a partir de janeiro, as centrais aceitam a proposta de R$ 300.

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