O ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, defendeu nesta quarta, 19, que o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) tenha um novo modelo que possa alimentar o setor público e o setor privado em iniciativas que ajudem a reduzir as assimetrias do mercado de telecomunicações no País.
“O Fust tem que evoluir para um modelo de fundo financeiro e não apenas contábil. Eu acredito que deveria ter um conselho curador formado com representantes dos consumidores, das empresas e do governo, como o conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, afirmou, em audiência pública conjunta das comissões de Defesa do Consumidor e de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.
O ministro reconheceu que uma mudança na administração do fundo enfrentaria resistência de parte da equipe econômica. “É claro que qualquer secretário do Tesouro fará o possível para salvar todas as moedas, até aquelas que caem atrás do sofá, para compor o superávit primário. Mas, se o fundo existe e está acumulando ativos ao longo dos anos, por que não utilizar esse potencial para sociedade, gerando atividade econômica”, completou.