O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse hoje que a arrecadação de receitas federais melhorou no mês de outubro, o que deve permitir também, no período, um melhor resultado fiscal do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Segundo estimativa do ministro, as receitas tiveram em outubro de 2009 um crescimento real em relação ao mesmo mês do ano passado.

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Em rápida entrevista após participar de um seminário sobre empresas estatais, em Brasília, Bernardo disse que, com isso, o governo terá alguma margem para liberar recursos no próximo Decreto de Programação Orçamentária, que tem que ser enviado ao Congresso no dia 20 de novembro. “Confirmada a receita que esperamos, poderemos liberar um pouco mais de recursos para outros gastos, mas não será nada expressivo olhando o tamanho do orçamento”, disse o ministro.

Ele lembrou que a liberação dos recursos ocorre dez dias após o envio do decreto ao Legislativo. Bernardo disse que não acredita em novos contingenciamentos, já que o governo segurou os recursos no início do ano e, desde junho, vem trabalhando com margem. Segundo o ministro, a meta de superávit primário para 2009, de 2,5%, está mantida, mas a tendência é de que o governo abata da meta todos os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Bernardo disse ainda que o governo não pretende utilizar o Fundo Soberano do Brasil (FSB) para fazer superávit primário. Ele acrescentou que está mantida a previsão de crescimento econômico de 1% em 2009 e disse que o bom desempenho do terceiro trimestre deve compensar o resultado ruim do primeiro trimestre, afetado pela crise.

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De acordo com o ministro, os investimentos previstos também serão mantidos. “Nós estamos muito apertados, porque o presidente Lula mandou manter as obras do PAC e os programas sociais. Por isso, o resultado fiscal, este ano, será bem menor que o previsto no início do ano”, afirmou.

Bernardo disse ainda que, depois de enviar o relatório de Programação Orçamentária do 5º Bimestre, o governo discutirá se vai rever a previsão de crescimento do PIB em 2010 – de 4,5% para 5%. “Não vejo nenhum problema. Nós estamos acreditando que vai dar 5%”, afirmou.

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