O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse que ainda não há nenhuma discussão, dentro do governo, para novas reduções na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), embora o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, tenha defendido, na semana passada, uma nova redução da taxa, que é usada nos financiamentos da instituição. A TJLP em vigor (segundo trimestre do ano) é de 6,5% ao ano.
Paulo Bernardo, no entanto, lembrou que as medidas anunciadas ontem pelo governo para fortalecimento dos setores afetados pelo câmbio, trazem financiamentos com taxas de juros menores que a TJLP. "Não vou dizer que isso pode ser um sinal. Mas acho que estamos num momento de seguir baixando as taxas de juros no Brasil", disse Paulo Bernardo, que participou da abertura de seminário sobre Combate à Corrupção, no auditório da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, em Brasília.
"Acho que o Banco Central tem uma avenida aberta para baixar as taxas de juros; os bancos oficiais têm feito um esforço e nós precisamos conseguir que os bancos privados também façam a diminuição do spread e dos custos de financiamento, porque isso é mais compatível com a realidade que estamos vivendo, de inflação baixa, de necessidade de financiamento e de necessidade de crescimento", afirmou. Na reunião do final deste mês, o Conselho Monetário Nacional vai fixar a taxa da TJLP para vigorar no terceiro trimestre deste ano.
