O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, voltou a defender hoje a manutenção dos critérios de reajuste do salário mínimo, mas disse que o governo está aberto a negociações com os representantes do trabalhadores. Segundo ele, a possibilidade de adiantamento de parte do reajuste esperado para o salário mínimo de 2012 para o próximo ano, se adotada, será uma “decisão política” e precisa ser analisada.
“Tenho discutido com as centrais (sindicais) e todas acham que é preciso manter o critério. Se for para mudar, vamos discutir e chegar a um acordo, mas o mais correto é manter”, disse o ministro, durante o programa de rádio Bom Dia Ministro, produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República.
Bernardo lembrou que, no próximo ano, o reajuste do mínimo será feito com base apenas na inflação deste ano, um porcentual um pouco maior de 5%. “Em 2009, que foi um ano difícil, cumprimos o critério”, salientou. Para 2012, a expectativa é de que a correção seja em torno de 7%. “Não haverá perda para o trabalhador”, garantiu.
O ministro salientou que, em 2006, o governo federal negociou um critério de reajuste com as centrais sindicais e essa fórmula tem se repetido. Ele destacou que, no passado, os sindicatos faziam uma marcha anual pela valorização do salário mínimo. “Em uma época, defendiam salário mínimo de US$ 100,00, mas acabou, porque fizemos acordo e estamos cumprindo até agora”, disse.