O ex-presidente da Bolsa de empresas de tecnologia Nasdaq, Bernard Madoff, um nome forte em Wall Street durante quase 50 anos, foi preso na quinta-feira (11) por agentes federais, acusado de fraude de US$ 50 bilhões pelo órgão regulador do mercado mobiliário nos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).
Madoff, de 70 anos, é o fundador e principal proprietário da Bernard L. Madoff Investment Securities, conhecida principalmente por operações de intermediação entre compradores e vendedores de ações. Mas ele também supervisionava operações de consultoria para investimentos de pessoas físicas, fundos de hedge e outras instituições.
De acordo com as queixas, Madoff teria administrado a consultoria de investimentos como uma atividade secreta, independente das operações de formação de mercado e de negociação de ativos da empresa. Seria nesse braço separado que a SEC apontou fraudes.
Em processo separado, o agente do FBI (a Polícia Federal dos EUA) Theodore Cacioppi disse que a consultoria de investimento de Madoff “enganou os investidores ao operar atividades de negociação de títulos mobiliários nas quais ele perdia dinheiro e depois pagava a certos investidores os retornos provenientes de um principal recebido de outros investidores, o que resultou em perdas de aproximadamente bilhões de dólares.”
O processo afirma que, quando Cacioppi e outro agente do FBI entraram no apartamento de Madoff ontem, o investidor teria admitido que pagou os investidores com um dinheiro que não tinha e que estava quebrado e já esperava ser preso. Madoff foi solto depois, após prometer pagar um bônus de US$ 10 milhões garantido por seu apartamento em Manhattan, Nova York. Uma audiência sobre o caso está marcada para o dia 12 de janeiro do ano que vem. As informações são da Dow Jones.
