O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), Ben Bernanke, criticou as cláusulas contidas na legislação proposta para a reforma do sistema regulatório financeiro dos Estados Unidos que sujeitariam o banco central norte-americano a um maior escrutínio político. Bernanke também afirmou que estudos têm mostrado que taxas de inflação ideais estão “muito baixas” e que seria arriscado os bancos centrais se afastarem das metas de inflação de cerca de 2%.

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Em um discurso no Banco do Japão, Bernanke argumentou que os bancos centrais que são independentes da política são melhores na administração da economia. O presidente do Fed detalhou os passos que o banco central norte-americano tem dado para se tornar mais transparente e compreensível para o público, duas condições que ele acredita serem necessárias em troca de maior independência.

O Fed está lutando contra uma proposta aprovada pela Câmara dos EUA em dezembro que prevê sujeitar as decisões do banco central a auditorias do Escritório de Contabilidade do Governo, que é um braço investigativo do Congresso norte-americano. Bernanke se opõe a essa medida, que faz parte dos esforços mais amplos do governo para reformar a regulação financeira com o objetivo de evitar uma repetição da crise global recente.

Com relação à inflação, durante uma sessão de perguntas e respostas após o discurso no Banco do Japão, Bernanke respondeu a um pedido para comentar a ideia de que uma taxa de inflação de cerca de 4% seria mais apropriada porque daria aos bancos centrais um espaço de manobra maior na condução da política monetária.

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“Nós não estamos começando do zero. Os bancos centrais do mundo durante muitos anos até agora estabeleceram um bom acordo de credibilidade para taxas de inflação em torno de 2%. E seria uma transição muito arriscada se nós de algum modo reduzirmos nosso comprometimento com uma meta de inflação de aproximadamente 2%”, disse Bernanke. “Nós não sabemos como as expectativas reagiriam”, acrescentou. As informações são da Dow Jones.