A holding do bilionário Warren Buffett, a Berkshire Hathaway, reportou crescimento de 418% no lucro líquido do quarto trimestre de 2017 na comparação com igual período do ano passado. O montante chegou a US$ 32,5 bilhões, ante US$ 6,286 bilhões em intervalo equivalente de 2016, conforme release divulgado neste sábado.

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Do total, US$ 29,106 bilhões referem-se aos ganhos decorrentes da reforma tributária nos Estados Unidos. Conforme a nota, o benefício deriva principalmente da redução do passivo referente ao imposto de renda líquido diferido, em virtude da diminuição da taxa cobrada de empresas dos EUA, de 35% para 21%.

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O resultado operacional, em contrapartida, caiu para US$ 3,33 bilhões no quarto trimestre de 2017, contra US$ 4,38 bilhões um ano antes.

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No acumulado do ano passado, o lucro da Berkshire ficou em US$ 44,94 bilhões, ante US$ 24,07 bilhões em 2016. O resultado operacional alcançou US$ 14,45 bilhões, contra US$ 17,57 bilhões no ano anterior. Segundo a empresa, foram registradas perdas operacionais antes de impostos de US$ 3 bilhões (US$ 1,95 bilhão depois de impostos), decorrentes dos três maiores furacões que atingiram os Estados Unidos e Porto Rico no ano passado e dos incêndios no Estado norte-americano da Califórnia.

O conglomerado sediado em Omaha, no estado norte-americano do Nebraska, detém uma grande operação de seguros, além de ferrovias, indústrias, varejistas e até mesmo concessionárias de carros. Também possui grandes investimentos, em especial no mercado de ações.

A companhia informou ainda que o ganho do patrimônio líquido em 2017 chegou a US$ 65,3 bilhões, o que elevou o valor por ação em 23% desde o fim de 2016. Os passivos líquidos assumidos em contratos de seguros em 31 de dezembro de 2017 alcançaram aproximadamente US$ 114 bilhões.

O caixa do conglomerado, majoritariamente investido em papéis do Tesouro americano, cresceu para US$ 116 bilhões.

Em carta enviada a acionistas neste sábado, Buffet lamentou a perda de oportunidades com aquisições e reiterou recomendação a investidores para evitarem débitos e investirem de forma moderada.

“Os preços de empresas decentes, mas longe de espetaculares, atingiram recordes históricos” em 2017, disse Buffett, o que evitou que a Berkshire fizesse mais aportes em aquisições. “Vamos rir mais quando tivermos aplicado os recursos extras da Berkshire em ativos mais produtivos.”

Na quinta-feira (23), a Berkshire Hathaway informou que Buffett deixará o conselho de administração da Kraft Heinz ao fim de seu mandato, em abril deste ano. De acordo com comunicado, a decisão foi motivada pelo desejo de Buffett de diminuir suas viagens. (Clarice Couto – clarice.couto@estadao.com, com Dow Jones Newswires)