Bens de capital impulsionam alta da indústria

O efeito calendário teve um reflexo importante nos resultados da produção industrial brasileira em setembro ante igual mês do ano passado, que subiu 9,8%, ressaltou nesta terça-feira (4) economista da coordenação de indústria do IBGE, Isabella Nunes. No entanto, segundo ela, o crescimento nessa base de comparação seria forte mesmo sem esse efeito, ancorado na produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) e na demanda doméstica.

A produção de bens de capital, que sinaliza o desempenho dos investimentos, aumentou 3,7% em setembro ante agosto e subiu 25,8% na comparação com setembro de 2007, segundo o IBGE. Até setembro, a produção de bens de capital acumula alta de 18,9% no ano e de 20,1% nos últimos 12 meses.

Nas demais categorias de uso pesquisadas, a única a registrar queda na produção em setembro ante mês anterior foi a de bens intermediários, de -0,1%. Nessa comparação, houve aumento na produção de bens de consumo em geral (1,7%), com alta nos bens duráveis (0,4%) e nos não duráveis (1,5%).

Na comparação ante setembro de 2007, todas as categorias registraram expansão: bens intermediários (6,6%); bens de consumo (8,8%); bens de consumo duráveis (14,9%) e bens de consumo semi e não duráveis (7%).

Trimestre

Segundo o IBGE, a produção da indústria aumentou 2,7% no terceiro trimestre deste ano ante o segundo trimestre de 2008 e subiu 6,7% comparativamente a igual trimestre de 2007. Na comparação ante trimestre anterior, o período entre julho e setembro deste ano registrou o melhor resultado para um terceiro trimestre apurado pelo IBGE desde 2004.

Tendência

O índice de média móvel trimestral da produção industrial subiu 0,6% no trimestre encerrado em setembro ante o terminado em agosto, segundo o IBGE.

Segundo técnicos do IBGE, os resultados da produção industrial de setembro mostram que o setor “mantém a trajetória ascendente da atividade produtiva”, afirmam no documento de divulgação da pesquisa. Segundo o documento, os resultados prosseguem “sustentados pelo desempenho do setor de bens de capital, que sinaliza investimentos na capacidade produtiva, e pelo dinamismo da demanda doméstica, em linha com as estatísticas recentes do comércio varejista e da evolução do emprego e da renda”.

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