O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, sinalizou nesta terça-feira, 16, que as áreas do pré-sal também estão na lista de potenciais ativos a serem negociados pela estatal. Com o objetivo de captar US$ 14,4 bilhões com a venda de ativos até o final deste ano, a Petrobras poderia buscar parceiros que viabilizassem a continuidade dos investimentos em áreas ultraprofundas.

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“Possibilidade de parcerias e coisas do gênero existem”, afirmou Bendine após ser questionado se a venda de ativos do pré-sal estava na lista de eventuais negócios. “Há ‘N’ modelos de se trabalhar nesse sentido. Há capacidade de a empresa fazer parcerias no sentido de exploração de determinado campo, onde o parceiro possa carregar os investimentos”, complementou.

Bendine afirmou que não poderia falar sobre os modelos pensados pela diretoria da Petrobras porque a divulgação de “detalhes técnicos” poderia afetar as negociações. “São negociações intensas e estamos com portfólio de discussão de desinvestimento muito amplo”, afirmou o executivo durante breve conversa com jornalistas ocorrida na sede da estatal localizada na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, após a cerimônia de início da operação da plataforma Cidade de Maricá, no campo de Lula (área de Lula Alto).

O presidente da estatal, no cargo desde o ano passado, considera a redução do endividamento uma questão central e por isso adota uma postura rigorosa em relação à capacidade da Petrobras de vender ativos. O foco da companhia, contudo, sempre foram ativos de áreas não relacionadas com a Exploração e Produção (E&P) de petróleo e gás, como a BR Distribuidora, de venda de combustíveis, ou térmicas de energia.

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‘Superação’

Durante visita à Unidade Operacional da Bacia de Santos, Bendine afirmou que o início da produção no navio-plataforma da Cidade de Maricá e das operações da segunda rota de escoamento de gás natural produzido no pré-sal da Bacia de Santos refletem a capacidade de superação da estatal. “A Rota 2 é uma das maiores do mundo e um marco para companhia. Do ponto de vista operacional, passamos por um momento muito importante”, disse a jornalistas.

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Bendine reforçou que a petrolífera vem tentando “se reinventar” e aumentar sua eficiência diante do endividamento alto e dos preços mais baixos do Brent no mercado internacional. “Acreditamos piamente no que tem sido feito pela empresa no curto prazo”, disse.

O presidente da estatal acrescentou que o cenário atual requer cautela, mas ao mesmo tempo minimizou o pessimismo manifestado por alguns analistas do setor: “Temos dado uma resposta definitiva aos desafios do momento e temos uma expectativa otimista do que podemos oferecer”, afirmou Bendine.