Com três dos maiores portos da Europa, três aeroportos internacionais, excelente malha de transporte fluvial e ferroviário, a Bélgica se torna cada vez mais a melhor opção para o exportador brasileiro entrar no mercado europeu.

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Dados do Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, da Secretaria de Comércio Exterior, indicam que as exportações do Brasil para a Bélgica por meio marítimo não param de crescer. Em 2003, foram US$ 1,66 bi (FOB); no ano seguinte (2004), o valor movimentado aumentou para US$ 1,77 bi (FOB). Em 2005, até abril, quando comparado com o mesmo período do ano passado, o valor das exportações brasileiras que passaram pelos portos da Bélgica aumentou de US$ 505,42 mi para US$ 571,39 mi.

Yves Lapere, vice-cônsul comercial da Bélgica, considera a crescente demanda pelos portos belgas como um reflexo da excelente malha de transportes e a mão-de-obra qualificada, além da proximidade dos maiores mercados consumidores europeus – 60% deles estão a menos de 450 km da Bélgica. ?A Bélgica é um país em que todos se comunicam em pelos menos dois idiomas, com boa infra-estrutura e rede de transportes, fatores determinantes para os operadores do comércio exterior. O porto de Antuérpia, por exemplo, oferece quase um mil km de ferrovias dentro de suas instalações.?

O gerente do Terminal de Operações da Citrovita na Bélgica, Jan Clevers, concorda com a opinião de Lapere. ?A região flamenga está situada bem no coração da Europa, que representa um mercado consumidor de mais de 300 milhões de pessoas. Graças a essa localização, o país oferece uma excelente e rápida rede de distribuição para os maiores mercados europeus?, enfatiza.

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Outra empresa brasileira que escolheu os portos da Bélgica foi a Votorantim Celulose e Papel (VCP). Para Alex Barbosa, gerente de negócios europeus da VCP, os custos operacionais também compensam. ?Mudamos nossas operações da Holanda para a Bélgica por vários motivos, entre eles, os custos de aluguel, que são bem mais baratos na Bélgica?, afirma ele. A VCP é uma das maiores empresas produtoras de celulose e papel da América Latina, e fechou o ano de 2004 com lucro líquido de R$ 788 milhões.

Novos investidores

Rita Saeys, diretora da FFIO, o órgão de investimentos na região flamenga da Bégica, desembarca com sua equipe nesta segunda-feira (30/5) no Brasil. A missão é convencer outros exportadores brasileiros a utilizarem os portos belgas como base de operação para a Europa, como já fizeram a Citrovita e a Votorantim Celulose e Papel.

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