O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), instituição de fomento do governo do Estado, obteve um volume de desembolsos recorde em 2009, de R$ 1,04 bilhão, 36% a mais que 2008. Os recursos atenderam a 4.269 mil clientes, incremento de 40% sobre o período anterior. De acordo com o presidente do banco, Paulo Paiva, este resultado foi atingido devido à mudança de estratégia da instituição.

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Segundo ele, o resultado pode ser atribuído à mudança no planejamento do banco que, desde 2007, lançou produtos destinados ao financiamento de capital de giro para micro, pequenas e médias empresas. “A crise, de fato, resultou em oportunidade para o banco, à medida que houve uma restrição no acesso ao crédito nos bancos comerciais, principalmente para estas empresas”, explica.

Paiva ressalta que, por ser banco público, a instituição oferece linhas de crédito a taxas de juros que não estão sujeitas às flutuações de mercado. “Parte dos recursos é do Tesouro (estadual) e parte do BNDES, com taxas predeterminadas.” Segundo ele, em um dos programas da instituição, destinado às micro e pequenas, a taxa de juros anual chega a 12% ao ano e não foi alterada em função da crise.

O volume de crédito destinado às micro, pequenas e médias empresas somou R$ 353,7 milhões, 78% a mais que 2008. O banco utilizou, cada vez mais, recursos de risco próprio (provenientes do próprio capital e também de repasses) – modalidade que teve um acréscimo de 365% (R$ 168,4 milhões em 2009 contra R$ 36,2 milhões em 2008). Também no ano passado o BDMG aumentou em 46% os repasses do BNDES, liberando R$ 251 milhões e superando os R$ 172 milhões do ano anterior.

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O BDMG ampliou em 5% o volume de recursos liberados para regiões consideradas de baixo dinamismo no território mineiro, para R$ 74,2 milhões. A meta para este ano é atingir um volume de R$ 1,35 bilhão em desembolsos. “Vamos manter o foco nesta mesma linha e ampliar os financiamentos a municípios”, disse ele.