O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou as projeções da autoridade monetária para o Produto Interno Bruto (PIB) e para inflação na zona do euro.

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Em comparação com as projeções divulgadas em junho para o crescimento do PIB, foram revisadas para baixo as expectativas de crescimento em 2014 e 2015, e revisada para cima a de 2016. O BCE prevê alta de 0,9% do PIB em 2014, ante projeção de +1,0% divulgada em junho. Para o ano que vem, o banco espera alta de 1,6% no PIB, contra previsão anterior de +1,7%, e para 2016, expansão de 1,9%, ligeiramente maior que a prevista anteriormente, de 1,8%.

Draghi afirmou durante coletiva em Frankfurt, na Alemanha, que houve uma piora no panorama de médio prazo para a inflação em agosto. De acordo com estimativas da Eurostat, a inflação na zona do euro acumulada até agosto estava em 0,3%, ante 0,4% registrado em julho. Essa queda reflete, principalmente, a menor inflação dos preços da energia, enquanto outros componentes do índice se mantiveram inalterados. Segundo Draghi, as taxas de inflação estão baixas há um período considerável.

O presidente do BCE afirmou que as decisões anunciadas hoje, juntamente com outras medidas já em vigor, foram tomadas para reforçar as expectativas de inflação de médio e longo prazo. O objetivo da autoridade monetária da zona do euro é manter as taxas de inflação abaixo, mas próximas, de 2%. Segundo Draghi, a taxa deve se manter baixa nos próximos meses e aumentar gradualmente durante os próximos dois anos.

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O BCE revisou apenas a projeção para inflação em 2014 para 0,6%, de 0,7% anunciada em junho. As projeções para 2015 e 2016 foram mantidas em 1,1% e 1,4%, respectivamente.

Draghi afirmou ainda que o conselho do BCE vê que os riscos em torno das perspectivas econômicas são negativos. Em particular, a perda de dinamismo econômico pode amortecer o investimento privado e o aumento dos riscos geopolíticos pode ter maior impacto negativo sobre os negócios e sobre a confiança do consumidor. Além disso, as reformas estruturais em países da zona no euro são consideradas insuficientes pelo presidente do BCE.

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