economia

BCE não deve mudar política nesta semana, mas analistas veem chance de ajuste

O Banco Central Europeu (BCE) anuncia sua decisão de política monetária nesta quinta-feira. Analistas em geral avaliam que não deve haver mudança na estratégia da instituição, mas não descartam novas ações ainda neste ano e falam até mesmo sobre a possibilidade de um ajuste ser anunciado nesta semana.

O JPMorgan não espera que o BCE mude a taxa de depósito ou o programa de relaxamento quantitativo agora. Para o banco, porém, há uma “minoria considerável” que espera alguma novidade. O JPMorgan, contudo, espera que o BCE realize mudanças nas compras de bônus ainda neste ano.

O BCE não indicou uma mudança na política, mas o economista-chefe da Berenberg, Holger Schmieding, acredita que o banco central pode usar as projeções dos economistas da instituição como justificativa para mais relaxamento, em meio a pressões inflacionárias fracas. “Os dados sugerem que não há uma necessidade premente de que o BCE relaxe mais sua política monetária neste momento”, afirmou o especialista em nota. Ele admite, porém, que não há certeza absoluta e disse que o BCE poderia inclusive anunciar já nesta quinta-feira a ampliação do prazo de seu programa de compra de bônus para além do previsto, março de 2017. “Eu vejo uma probabilidade de 40% de que isso possa acontecer.”

Para Howard Archer, economista-chefe para Reino Unido e Europa da IHS Global Insight, é “muito possível” que o BCE faça ajustes em seu programa de relaxamento quantitativo. Segundo Archer, não está claro se o banco central poderia cortar mais as taxas de juros. O economista aponta que, embora a instituição tenha aventado essa possibilidade, há preocupação sobre o impacto que as taxas de juros negativas gera sobre os bancos da zona do euro.

O analista de bônus corporativos Peter Kaufmann, do Erste Group, disse que muitos investidores esperam mais relaxamento do BCE nesta semana, mas podem ficar decepcionados com o resultado mais possível de mudanças técnicas no programa. O banco alemão BayernLB, por sua vez, disse que buscará pistas de uma maior presença do BCE em novas emissões corporativas.

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