O Banco Central Europeu (BCE) deverá manter sua política monetária inalterada na quinta-feira (09), apesar de a inflação da zona do euro ter recentemente ultrapassado a meta de preços da instituição, segundo analistas.
Os últimos dados oficiais mostraram que a taxa anual de inflação do bloco atingiu 2% em fevereiro, ficando um pouco acima da meta do BCE, que é de um nível ligeiramente inferior a 2%.
Para o economista do ING Carsten Brzeski, o presidente do BCE, Mario Draghi, provavelmente reiterará os quatro critérios de combate à inflação baixa que detalhou em janeiro.
“Nenhum dos quatro critérios foi alcançado ainda. Desta forma, quaisquer mudanças na política monetária são altamente improváveis nesta semana”, comentou Brzeski. “No máximo, poderemos ver alguns ajustes na visão de economia do BCE”, acrescentou.
Anna Stupnytska, economista global da Fidelity International, concorda que o BCE não deverá fazer nada de novo nesta semana, uma vez que Draghi continua citando as fracas pressões de inflação subjacente, com o núcleo do índice de preços ao consumidor ainda abaixo de 1%.
O mais importante, acredita Ana, é observar as previsões de inflação e de crescimento do BCE em busca de sinais da futura direção da política monetária.
O Danske Bank também prevê que o BCE manterá a postura “dovish”, ou seja, favorável à manutenção de estímulos. Já quando decidir abandonar a postura de política ultra-acomodatícia, o BCE deverá mudar o tom de seus comunicados, de acordo com o banco. Nos últimos anos, o BCE vem repetindo que as “taxas de juros continuarão nos níveis atuais ou menores por um período de tempo prolongado” e que continua preparado para “ampliar suas compras de ativos em termos de tamanho e duração”. Com informações da Dow Jones Newswires.