Três leilões de compra de dólares feitos pelo Banco Central (BC) em um curto espaço de tempo foram suficientes para interromper uma seqüência de quatro quedas consecutivas do dólar. A moeda americana fechou ontem em alta de 0,57%, cotada a R$ 2,805 na compra e R$ 2,806 na venda. Apesar da alta, o clima no mercado continuou positivo, um dia depois da captação externa de US$ 1,5 bilhão feita pelo governo.
O mercado estima que o BC comprou cerca de US$ 150 milhões, valor pouco significativo para um mercado que movimenta mais de US$ 1 bilhão por dia. A diferença é que os três leilões aconteceram em um intervalo pequeno, de apenas duas horas. Foram feitas operações de compra com o dólar a R$ 2,787, R$ 2,798 e R$ 2,812. Apenas na terceira compra o valor de corte ficou ligeiramente acima daquele praticado no momento da operação. Na máxima do dia, a cotação de venda foi de R$ 2,816 (+0,93%).
Ontem o BC anunciou que deixará de informar os motivos das oscilações das reservas cambiais. As reservas de anteontem ficaram em US$ 49,615 bilhões, com queda de US$ 96 bilhões sobre o saldo da sexta-feira. As reservas já embutem o impacto da primeira compra de dólares feita pelo BC, na última quinta-feira. Mas as variações também refletem outras movimentações do BC, como pagamento de juros e recebimento de créditos externos.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou ontem em queda de 1,23%, em 23.938 pontos e movimento financeiro de 1,5 bilhão.
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