Economia

BC tem perda de R$ 4,539 bi com swap cambial em fevereiro até dia 21

Após prejuízo de R$ 7,615 bilhões com sua posição em swap cambial em janeiro, o Banco Central registrou resultado negativo de R$ 4,539 bilhões em fevereiro até o dia 21 com estes contratos pelo critério caixa.

Pelo conceito de competência, houve perdas de R$ 3,731 bilhões. O resultado pelo critério de competência inclui ganhos e perdas ocorridos no mês, independentemente da data de liquidação financeira. A liquidação financeira desse resultado (caixa) ocorre no dia seguinte, em D+1.

O BC registrou ainda no período ganhos de R$ 43,906 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais. Entram no cálculo ganhos e prejuízos com a correção cambial, marcação a mercado e os juros.

O resultado líquido das reservas, que é a rentabilidade menos o custo de captação, ficou positivo em R$ 38,800 bilhões em fevereiro até o dia 21. Já o resultado das operações cambiais no período ficou no positivo em R$ 35,068 bilhões.

No acumulado de 2020 até 21 de fevereiro, o Banco Central registra resultado negativo de R$ 12,153 bilhões com os contratos de swap pelo critério caixa. Pelo conceito de competência, houve perdas de R$ 12,902 bilhões. O BC obteve ganhos de R$ 141,424 bilhões com a rentabilidade na administração das reservas internacionais no acumulado do ano. Já o resultado líquido das reservas ficou positivo em R$ 126,730 bilhões e o resultado das operações cambiais no período foi positivo em R$ 113,828 bilhões.

O BC sempre destaca que, tanto em relação às operações de swap cambial quanto à administração das reservas internacionais, não visa ao lucro, mas fornecer hedge ao mercado em tempos de volatilidade e manter um colchão de liquidez para momentos de crise.

Posição cambial

A posição cambial líquida do Banco Central atingiu US$ 327,954 bilhões. O montante tem como referência o dia 21 de fevereiro. No fim de janeiro, essa posição estava em US$ 329,850 bilhões.

A posição cambial líquida traduz o que está disponível para que o BC faça frente a alguma necessidade de moeda estrangeira – como fornecer liquidez ao mercado em momentos de crise, por exemplo.

A posição leva em conta as reservas internacionais, o estoque de operações de linha do BC (venda de dólares com compromisso de recompra), a posição da instituição em swap cambial e os Direitos Especiais de Saque (DES) do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI).

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