O banco central da Suíça disse neste sábado que solicitará uma análise de todas as transações bancárias recentes feitas por altos membros da instituição e implementará novas medidas de controle.
O anúncio é uma resposta às suspeitas de uso de informação privilegiada pelo presidente do banco, Philip Hildebrand, e sua mulher, Kaysha, em operações com moedas.
O conselho do banco não apresentou um cronograma para a implementação das novas medidas, mas informou que um esboço dos regulamentos e uma revisão das diretrizes para funcionários da instituição serão submetidos ao conselho assim que possível. O conselho informou ainda que a análise das transações bancárias será feita por uma empresa externa de auditoria, preferencialmente a KPMG ou a Ernst & Young.
As denúncias contra Hildebrand e sua mulher resultaram em uma investigação do governo e uma auditoria da PriceWaterhouseCoopers, que concluíram que o presidente do banco central suíço e sua mulher agiram de acordo com os padrões éticos do banco.
Em entrevista coletiva na quinta-feira, Hildebrand negou as acusações de uso de informação privilegiada. Segundo as denúncias, ele e sua mulher realizaram transações impróprias no mercado de câmbio num momento em que o banco central estava tentando conter a apreciação do franco suíço. Uma das transações foi feita por Kaysha apenas alguns dias antes de o banco central intervir pesadamente no mercado de câmbio. A auditoria da PWC considerou o negócio “delicado”, mas em linha com as regras do banco. As informações são da Dow Jones.