O diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, afirmou que o BC “sempre esteve e continuará vigilante” para assegurar a estabilidade financeira no Brasil. “O BC tem amplo interesse na disseminação da cultura de gerenciamento de riscos”, comentou. Segundo ele, o “desafio dos reguladores é encontrar equilíbrio” entre inovação e segurança.

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“É importante que o arcabouço regulatório esteja alinhado a recomendações internacionais e nossas especificidades”, comentou Damaso. “O Banco Central tem o compromisso de implementação das recomendações internacionais. O sistema financeiro está plenamente preparado para implementar regras internacionais.” Ele fez os comentários na abertura do quinto congresso internacional de gestão de riscos que é promovido pela Febraban em São Paulo.

O diretor do BC afirmou que o “sistema financeiro está capitalizado e preparado para enfrentar qualquer adversidade nacional ou internacional”. Segundo ele, “já estão em curso políticas que vão viabilizar a recuperação da economia brasileira à frente”.

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“No caso brasileiro, uma avaliação indica que há riscos controlados para empresas”, destacou Damaso. Segundo ele, parte significativa de dívida de companhias que atuam no País está ligada a exportadores, que desfrutam de proteção natural para exposições financeiras em moeda estrangeira.

Solidez

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“A solidez do sistema financeiro no Brasil é pilar de sustentação para enfrentar turbulência”, destacou o diretor do BC. “Continuaremos empenhados no processo de aperfeiçoamento de arcabouço regulatório do País.”

Para Damaso, os mercados internacionais ficaram mais voláteis com um conjunto de fatores: a desaceleração da China, incertezas sobre a normalização da política monetária nos EUA, retração dos preços de commodities e fortalecimento global do dólar.

Damaso afirmou que a “regulação sólida contribui para a estabilidade financeira”, que é uma condição importante para viabilizar a recuperação da economia. Ele ressaltou que as instituições que atuam no País estão plenamente atendendo normas internacionais.

Segundo Damaso, uma das vantagens comparativas das instituições financeiras que operam no Brasil é que o Banco Central dispõe de condições abrangentes para fazer controle de riscos “em tempo real” que é ímpar. “Isso não significa que a gente tem que ficar parado. Há espaço para avançar”, destacou.