Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central fez mais uma revisão em suas projeções para o reajuste dos preços da gasolina, do gás de cozinha e de tarifas como energia elétrica e telefonia. A expectativa dos diretores do BC é de que o preço da gasolina sofra um reajuste este ano de 4,9%. Em junho a expectativa era de um reajuste de 5,3% que depois foi reduzida para apenas 0,1% em julho. “Esse aumento decorre da depreciação cambial ocorrida desde a reunião de julho do Copom e, principalmente, do aumento do preço internacional do petróleo”, justificam os diretores do BC, na ata da reunião da semana passada do Copom, divulgada ontem pela manhã.
Para o gás de cozinha, o Copom elevou de 2,3% para 5,8% sua estimativa de reajuste de preços ao longo de 2003. Depois de ter reduzido, de junho para julho, o Copom elevou novamente sua projeção para o reajuste das tarifas de enegia elétrica. A aposta do Comitê é que essa tarifa sofra um aumento de 22,3% este ano e não mais de 21% como estimado em julho. Em junho, os cálculos feitos pelo Copom indicavam um reajuste de 23% para essas tarifas. “As projeções do último Copom para os reajustes das tarifas de telefonia fixa em 2003 foram mantidas em 25,5%, embora com nova distribuição ao longo do ano”, explicam os diretores. Na avaliação do Copom, as liminares proferidas contra o reajuste das tarifas de tefonia acabaram fazendo com que esse item registrasse em julho um valor abaixo do previsto anteriormente pelo BC. “O Copom trabalhou com a hipótese de que a diferença entre o reajuste projetado e o ocorrido em julho será compensada até o final do ano”, argumentam os diretores na ata.