Mais inflação e menos crescimento. Esse é o cenário traçado para os próximos meses no relatório trimestral de inflação divulgado hoje (28) pelo Banco Central (BC). Pelos cálculos do BC, o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que serve de referência para o sistema de metas de inflação – fechará o ano em 5,5%, valor máximo permitido para 2002. Antes, a estimativa era de 4,4%.
Já o nível de atividade deverá ser ainda menor do que calculado inicialmente. O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de tudo o que é produzido por empresas brasileiras e grupos estrangeiros instalados no País, deverá crescer 2% e não mais 2 5%.
Para o ano que vem, no entanto, a expectativa é de queda no índice de inflação: 2,6%, contra 2,8% do relatório anterior, valor bem abaixo da nova meta de 4% fixada para 2003. Já o crescimento do PIB para 2003 só deverá ser projetado no fim deste ano, informou o diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, alegando dificuldades para antecipar o desempenho da economia.
As projeções foram feitas considerando juros constantes em 18,5% ao ano e taxa de câmbio em R$ 2,67.