O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, previu um déficit das contas correntes de setembro acima do visto em agosto, com influência da balança comercial. Segundo ele, o resultado deverá ficar negativo em US$ 6,7 bilhões este mês.
Maciel também apresentou a projeção da casa para o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em setembro, de US$ 3 bilhões, que não será suficiente, portanto, para cobrir o rombo esperado para o mês. Para chegar a esse valor, ele considerou as entradas de US$ 2,1 bilhões vistas este mês até o último dia 22.
Em relação a agosto, o volume de IED no mês passado, de US$ 6,840 bilhões, foi o maior valor da série para meses de agosto. “O IED surpreendeu mais uma vez. Vimos um movimento mais forte nos últimos dias”, considerou Maciel. No acumulado de 12 meses até agosto, a entrada de US$ 67,021 bilhões é o maior valor da série do BC desde janeiro de 2012, conforme o técnico.
Ele salientou que em torno de 80% do déficit da conta corrente vem sendo financiado pelo IED. Maciel destacou que a projeção da casa tanto para IED quanto para conta corrente se manteve desde março. O IED, conforme o chefe de departamento, não está evoluindo tanto quanto em agosto. “No mês passado, a balança teve desempenho favorável”, disse, destacando as exportações de petróleo como papel determinante.