A nova pesquisa trimestral de condições de crédito mostra melhora em todos os segmentos pesquisados, com clara reação positiva da demanda por empréstimos entre empresas e famílias. A reação mais pronunciada acontece no crédito habitacional para pessoas físicas, cuja demanda reagiu com força.

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Realizada trimestralmente com instituições financeiras que respondem por mais de 90% do mercado de crédito no Brasil, a pesquisa divulgada nesta quarta-feira avalia três fatores: perspectiva para a oferta, demanda e aprovação das operações. Para os três quesitos, são feitas avaliações que oscilam de -2 (cenário mais adverso) até +2 (cenário mais favorável).

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No crédito habitacional para pessoa física, a demanda para os próximos três meses ficou em +0,63 – o que mostra reversão em relação aos três meses anteriores, quando o índice da demanda estava em -0,25. A perspectiva de aprovação desses financiamentos também melhorou e passou de +0,13 para +0,38. No crédito pessoa física para o consumo, a demanda passou de -0,24 para +0,14. A perspectiva de oferta e aprovação desses empréstimos também melhorou e passou, respectivamente, de -0,05 para +0,11 e de -0,05 para +0,10.

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Para as firmas, a perspectiva de demanda por crédito entre as grandes empresas passou de -0,22 nos últimos três meses para +0,22 no próximo trimestre. A perspectiva de oferta nesse segmento melhorou, mas continua negativa e passou de -0,43 para -0,13. Para o crédito para as micro, pequenas e médias empresas, o índice da demanda passou de -0,41 para +0,09. Assim como para as grandes, o cenário para a oferta melhorou, mas ainda é negativo e passou de -0,69 para -0,44.

O chefe do departamento econômico do BC, Túlio Maciel, explicou que a reação da demanda pode ser resultado da queda do endividamento entre empresas e famílias. Além disso, a melhora das condições macroeconômicas e redução relativa do custo de crédito encorajam a tomada de crédito, diz o técnico do BC. Apesar dessa melhora dos indicadores de demanda, Maciel nota que a “pesquisa ainda mostra níveis ainda bastante modestos” das condições de mercado de crédito.