O chefe adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Renato Baldini, destacou há pouco que o pagamento de juros, de R$ 37,884 bilhões em novembro, foi parecido com a despesa de R$ 35,029 bilhões do mesmo mês 2018.
“Tivemos um resultado com swaps cambiais semelhante nos dois meses”, destacou. “Já em relação a outubro deste ano, houve uma diferença maior devido às operações com swap. Excluindo essas operações, o resultado seria bem parecido”, acrescentou. Em outubro, o pagamento de juros somou R$ 20,330 bilhões.
Em 12 meses até novembro, as despesas com juros atingiram R$ 369,270 bilhões (5,12% do PIB). “Esse é o maior porcentual desde maio deste ano, quando os juros em 12 meses chegaram a 5,46% do PIB”, completou.
Depreciação cambial
Renato Baldini explicou também que a depreciação cambial de 5,5% em novembro reduzi a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) em 0,9 ponto porcentual em relação ao PIB no mês. A dívida líquida passou de 55,2% para 54,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em novembro de 2019.
Já na Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), o efeito da desvalorização do real em relação ao dólar ocorre ao contrário, elevando o endividamento. A Dívida Bruta passou de 77,3% para 77,7% do PIB. “A revisão na dívida bruta em relação ao PIB em outubro se deve a revisão no PIB pelo IBGE”, completou. Até o mês passado, o BC computava um patamar de 78,3% do PIB para a Dívida Bruta em outubro.