O diretor de Política Monetária do Banco Central, Reinaldo Le Grazie, afirmou nesta terça-feira, 24, que as mudanças no recolhimento de compulsórios bancários, que buscam simplificar o sistema e harmonizar regras, criam um ambiente sustentável e “o custo vai cair nesse ínterim”. “Estamos trabalhando para ter ambiente de negócios mais adequado”, disse.
Le Grazie não quantificou, porém, quanto o custo de crédito pode, de fato, cair para o consumidor final. “Não há bala de prata para fazer com que isso se resolva de uma hora para outra”, comentou Le Grazie, durante coletiva para detalhamento das medidas.
Ao mesmo tempo, ele não descartou que, no futuro, novas medidas com foco nos compulsórios sejam adotadas. “Fizemos aqui o que dava para fazer agora. Um dos próximos estudos, se trouxer outras oportunidades, colocaremos ‘na praça’ também”, afirmou Le Grazie. “Vamos divulgando medidas assim que as medidas vão ficando prontas”, acrescentou.
Com o anúncio desta terça-feira do BC, deixam de ter valor quatro circulares, de um total aproximado de 80 circulares, que regem os depósitos compulsórios. Outras duas circulares deixarão de ter validade em abril, explicou o chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban) do BC, Flávio Túlio Villela.
Os depósitos compulsórios são recolhimentos obrigatórios de recursos que as instituições financeiras fazem no Banco Central. São considerados instrumentos de política monetária, mas são utilizados também para preservar a estabilidade financeira. O volume de recolhimento de compulsórios atingiu R$ 446,799 bilhões até 13 de janeiro deste ano.