Tem sido pouco a pouco a cada semana, mas o Banco Central conseguiu, nesta segunda-feira, 22, mais uma vitória – ainda que pequena – em relação às expectativas de mercado para a inflação no longo prazo. De acordo com a série de expectativas do boletim Focus, a mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2018 chegaram a 4,5%, porcentual que é perseguido pela instituição para 2016. A “façanha” só tinha sido atingida até agora para 2019 e é nesse patamar que se mantém o ponto central da pesquisa para esse ano.

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De acordo com o levantamento, a mediana das projeções para o IPCA de 2018 estava em 4,60% na semana passada. No caso de 2017, as estimativas também rumam para esse patamar, mas ainda seguem distante, em 4,75%. Na semana passada, a mediana para esse prazo estava em 4,80%. Como já foi divulgado no Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira, 22, houve estabilização das projeções para o IPCA de 2016, em 5,50%, e aumento no caso da inflação deste ano, de 8,79% para 8,97%.

Como reforçou a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a “política monetária deve manter-se vigilante” no contexto de que “os avanços alcançados no combate à inflação – a exemplo de sinais benignos vindos de indicadores de expectativas de médio e longo prazo – ainda não se mostram suficientes”. Em Londres, o diretor de Assuntos Internacionais do BC, Tony Volpon, apresentou um discurso semelhante na semana passada.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) voltará a fixar, na quinta-feira, 25, a meta a ser perseguida pelo BC para 2016, quando também terá de ratificar – ou não – a meta de inflação em 4,5% para este ano. A semana também promete ser importante nessa área com a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), na quarta-feira, 24.

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