O Banco da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês) disse hoje que a economia do Reino Unido vai crescer menos do que o esperado devido ao impacto nas exportações em função da crise da dívida na zona do euro, sugerindo que talvez seja necessário adotar novas medidas de estímulo.
O comitê de política monetária do banco central inglês afirmou que a taxa anual de inflação provavelmente cairá fortemente em 2012 e ficará abaixo de 1,5% em 2013, aquém da meta de 2%. A previsão leva em conta que a taxa básica de juros do país seja mantida inalterada até o terceiro trimestre de 2013 e o programa de compra de bônus também permaneça sem modificações até o fim de 2014. Isso implica que novas aquisições de ativos ou cortes nas taxas de juros talvez sejam necessários para manter a inflação na meta.
Em outubro, o BOE aumentou seu programa de compra de bônus britânicos e outros ativos em 75 bilhões de libras esterlinas, para 275 bilhões de libras. A taxa de juros está em 0,5% desde março de 2009.
O banco central também afirmou hoje que o crescimento econômico será “significativamente mais fraco” do que o previsto em agosto. Segundo o relatório do comitê de política monetária, se a zona do euro não resolver sua crise fiscal de maneira credível, haverá “consequências adversas significativas para o mundo e o Reino Unido”. O ritmo anual de crescimento econômico deve atingir o piso em meados de 2012, abaixo de 1%. As informações são da Dow Jones.