Para o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, o Banco Central foi sensato ao manter a taxa de juros no patamar de 14,25% ao ano. Segundo ele, o BC tem uma visão acurada da realidade econômica e, como a recessão se aprofundou no Brasil, seja por fatores internos ou externos, a decisão acabou sendo a correta.

continua após a publicidade

Ele minimizou a polêmica que se criou no mercado com a carta do presidente do BC, Alexandre Tombini, horas antes do início da reunião do Copom, de que a piora nas previsões do FMI sobre a economia brasileira seria levada em conta. “Se olharmos o que aconteceu desde a primeira semana de janeiro, muito mudou. Então, o BC não deveria ou não poderia sancionar uma expectativa do mercado se outras informações já estavam disponíveis”, disse.

“No fundo, houve uma coincidência do relatório do FMI sinalizando que a recessão brasileira é profunda. O FMI só ratificou uma premissa que os economistas e a sociedade já sabiam”, complementou.

Trabuco, que participa do Fórum Econômico Mundial em Davos, disse ainda que, apesar de tudo, 2015 não foi um ano perdido para o Brasil. “É lógico que o trabalho (de ajuste) não foi completo. Foi um ano de PIB? Não. Foi um ano de inflação baixa? Não. Mas foi um ano de equacionamento”, afirmou.

continua após a publicidade

“Hoje, com os olhos voltados para 2015, vejo que ganhamos algumas coisas. Os preços que estavam defasados foram equacionados. O câmbio que talvez estivesse fora do lugar andou. Isso não vai se repetir em 2016.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.